RUMO À MARATONA DE SEUL
SEMANA 8
► Distância total: 67.5 Km (90% de 75 Km)
► Ritmos-alvo: E (4:38-5:14), M (4:14), T (4:00), I (3:41), R (3:25)
Segunda-feira
✓ 5 E
Terça-feira (Q1, 25 Km)
✓ 16 E + 3 T + 0.4 E + 3 T + 2.6 E
A primeira tareia da semana, com duas séries rápidas depois de muitos quilómetros lentos, visava testar a capacidade de resposta das pernas desgastadas. Ai o mestre quer que dê gás com a botija vazia? Elevei o grau de dificuldade do exercício, correndo os 16 Km no limite máximo (4:38/Km), um ritmo alegre, mas confortável, dado o tempo favorável. As séries fiz sem olhar para o relógio, concentrando-me na respiração e em manter uma velocidade constante, sustentável até ao fim. Desgastado, mas com controlo absoluto sobre as operações, acabei confiante e motivado.
Quarta-feira
✓ 5 E
Quinta-feira
✓ Descanso
Sexta-feira
✓ 7.5 E
Sábado (Q2, 25 Km)
✗ 13 E + 4.1 I (5 x 3 min c/2 min E entre séries) + 1.7 R (6 x 1 min c/2 min E entre séries) + 2.2 E
Pela primeira vez, com o tempo ameno, tinha chegado a altura de fazer séries I e R ao ritmo prescrito (3:41 e 3:25/Km). Como o treino de terça-feira tinha deixado algumas sequelas (uma pontada aqui e ali) e por respeito à intensidade que me seria exigida, não forcei na introdução de 13 Km. Depois de uma hora e pouco de corrida leve, devorei o primeiro prato com distinção (I com média de 3:38/Km). O pior veio depois: apesar de serem rasgos de 60 segundos, as pernas não corresponderam e só na última repetição acertei no alvo (com 3:31/Km, faltaram-me 6 metros em média para alcançar o ritmo R). Para além de ter começado a série com 19 Km nas pernas, é um tipo de ritmo pouco natural, em que me sinto como um carro com as rodas a desconjuntarem-se.
Domingo
✓ Descanso
Resumo da semana
Ritmo Tempo %
E 4h34 87.7
M 0h00 0.0
T 0h23 7.5
I 0h15 4.8
R 0h06 1.9
Esta semana serviu para testar as mudanças mais altas do motor, com a totalidade do treino específico sempre abaixo dos 4:00/Km, sentindo dificuldades acrescidas à medida que a rotação subiu. Até ao dia da prova, os ritmos I e R aparecerão apenas em mais três treinos, pelo que concluo que são exercícios complementares. A dificuldade que senti nos ritmos mais elevados confirmou o que desconfiava: tenho mais vocação para longas distâncias do que para corrida que exija explosão, por estar dotado de fibras musculares de contracção lenta (e esta, hein?). E agora segue-se um ciclo infernal, mas de combustão lenta, com 150 Km em duas semanas.